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Justiça ouve ex-vereador Jairinho, acusado pela morte de Henry Borel
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O interrogatório começou com cerca de duas de atraso, por volta das 11h30. Jairinho se recusou a responder perguntas do Ministério Público e do assistente de acusação. A juíza Elizabeth Machado Louro informou o réu sobre o direito de ficar em silêncio constitucionalmente garantido e que ele poderia responder somente às perguntas que quisesse.
Jairinho iniciou sua fala, fazendo um retrospecto de sua vida desde a infância até os relacionamentos afetivos que teve, dos filhos e de seu namoro com Monique.
O réu questionou laudos e negou o homicídio. No depoimento, pedido pela sua defesa, Jairinho relembrou o dia da morte da criança, negou que Henry atrapalhasse seu relacionamento com Monique e disse que faz uso dos medicamentos que tomou para dormir no dia do fato há mais de 15 anos. Disse ainda que socorreu logo o menino e criticou que o caso virou “midiático”.
Jairinho é interrogado: a audiência sofreu atraso de quase duas horas
Em relação às lesões encontradas no corpo de Henry, ele atribuiu aos procedimentos médicos realizados no hospital e negou ter praticado qualquer tipo de violência contra a criança. Jairinho também criticou o fato de o Hospital Barra D’or, onde Henry foi atendido, não ter fornecido as imagens solicitadas pela sua defesa e disse estranhar que, até o dia do velório, a morte foi tratada como acidental e, depois, foi construída a narrativa de ter ocorrido um crime.
O acusado questionou os documentos apresentados pela perícia, destacando o laudo de raio-x, que seria, segundo ele, “obscuro, negligente e omisso”. A audiência foi encerrada às 18h55, por orientação da sua defesa, após o réu afirmar estar sofrendo muito, assim como sua família, e dizer que vive “um filme de terror”.